Programação contou com apresentações dos folguedos de Alagoas durante seis dias
João Brito/Ascom Secult
Fomentar o resgate das tradições folclóricas alagoanas foi um dos objetivos, em especial durante o mês de agosto, do Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult) que preparou seis dias de apresentações dos folguedos alagoanos. O evento aconteceu no Mercado das Artes 31, no bairro do Jaraguá, de 22 a 27 de agosto, em parceria com a Associação dos Folguedos Populares de Alagoas (Asfopal).
Mellina Freitas, secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa disse que ações como essa são de grande relevância para a valorização dos folguedos alagoanos. “Fico extremamente feliz em ver o trabalho que o Governo de Alagoas vem executando, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa, preservando e enaltecendo as riquezas das tradições culturais que definem a nossa identidade alagoana”, expressou.
O Folclore a Gosto, um evento gratuito e aberto ao público, celebrou a Semana do Folclore e ressaltou a importância do folclore alagoano, com a representação dos seus folguedos e das danças, como um elemento de difusão da cultura popular e das manifestações culturais.
Assim como os nativos da terra, os turistas que estavam passando pelo local aproveitaram para prestigiar o evento e conhecer um pouco da cultura dos folguedos alagoanos.
A paulista Selma estava visitando Maceió e desfrutou da oportunidade para conhecer as diversidades culturais do estado alagoano. ”Visitar Alagoas era um sonho, consegui programar essa viagem e aqui estou nessa cidade maravilhosa. Estava conhecendo o Mercado das Artes 31 e me deparei com as apresentações dos grupos culturais e diga-se de passagem, são ações extremamente importantes para a cultura de um povo. Estar aqui, presenciar, vivenciar isso junto com os meus irmãos não tem preço”, exclamou a paulista.
Diplomação dos novos Mestres
Um dos acontecimentos marcantes na programação foi a diplomação dos três novos mestres do Patrimônio Vivo de Alagoas que aconteceu na quarta-feira, 23. Maria Bethânia dos Santos Leite, das Baianas Praieiras de Coruripe; Jorgeval Mário Lisboa Santos, do Fandango do Pontal, de Maceió; e André Barbosa Cavalcante, artesão de madeira de Boca da Mata, foram os novos nomes que preencheram as vagas do edital Registro do Patrimônio Vivo de Alagoas (RPV).
De acordo com as diretrizes da Lei Estadual 7.172/2010, os recém-mestres do RPV agora têm o direito a uma bolsa vitalícia de incentivo mensal, correspondente a um salário mínimo e meio. Além disso, eles devem compartilhar os seus conhecimentos com a comunidade alagoana, possibilitando que as raízes culturais continuem sendo preservadas e presentes na memória das pessoas.
Para a Mestra Bethânia, filha da falecida Mestra Maria do Padeiro, estar sendo nomeada como patrimônio vivo é uma grande emoção. “Esse título chega com um significado muito importante na minha vida, estou assumindo o lugar que minha mãe deixou. Me comprometo a transmitir os ensinamentos dela da mesma maneira que ela os transmitiu para mim, e que eu passei para minha filha, que agora ela compartilha com minha neta”, comentou.
Mestra Vânia, integrante do grupo As Marisqueiras da Peneira, vivencia esta cultura dos folguedos desde os seus nove anos de idade e expressou a sua felicidade em estar se apresentando com o grupo. “Estou muito feliz aqui na Semana do Folclore falando sobre a cadeia produtiva do Sururu da Lagoa Mundaú através da arte junto com as minhas amigas”, disse.