“É preciso preservar a memória para que a história não morra.”
Tallison Ferreira
Por Eleonor DUSE Leite
Seria difícil começar essa história de outra forma que não fosse essa. Era uma vez, num canto dessa cidade, que um homem de teatro, comum, igual a tantos outros, com visão e conhecimento além da sua imaginação, não tivesse tido a brilhante iniciativa de querer que a sua cidade, assim como em outras, mantivesse na memória o ontem, o hoje e o amanhã. E assim nasceu o Misa, Museu da Imagem e do Som de Alagoas, que no dia 03 de setembro completa seus 42 anos oficialmente. Idealização, criação e fundação do então Presidente da Fundação Teatro Deodoro, Dr. Bráulio Leite Júnior.
O próprio local, hoje situado, já tem história. Em um dos bairros mais antigos de Maceió, o Jaraguá, que antigamente era uma vila de pescadores, com porto próprio que desenvolveu o comércio existente na época, com lojas comerciais e armazéns, além de moradia de famílias importantes detentoras de afortunado poder econômico.
O Misa já por si só também tem a sua história a ser contada. Começou seu projeto ocupando as dependências do velho casarão de espetáculo, o Teatro Deodoro, mais propriamente no salão nobre, onde tempo depois, através do governo do estado ,na gestão do governador Guilherme Palmeira, instalou-se à rua Sá e Albuquerque, em prédio cedido em comodato, defronte a praça Dois Leões, onde havia sido vários seguimentos do Estado. Com suas atividades propostas a todo vapor, o Misa abriga acervo de imagem e som, coleção fotográfica de personalidades , pontos turísticos e monumentos, além de espaços para obras de autores alagoanos ou não, salão de pesquisa, memoriais de figuras ilustres, auditório e salão de exposição.
Na verdade, é um espaço artístico cultural do ontem e do hoje e tudo isso para se fazer relembrar épocas que por ventura tenham sido esquecidas e o Museu da Imagem e do Som traz à memória. Entendemos, que o MISA é aquele pedacinho da nossa consciência que nunca deve ser esquecido, por isso que nesse seu dia de fundação, esse três de setembro seja lembrado e nunca seja alheio, porque quer queira ou não, é comemoração das nossas preciosas recordações.
Viva o MISA. Viva a nossa memória e a história de um povo. Viva!