Nivaldo Abdias (falecido)

Nome: Nivaldo Abdias Bomfim

Conhecido como: Mestre Nivaldo Abdias

Atividade reconhecida: Mestre de Guerreiro

Local e data de nascimento: Palmeira dos Índios/AL 05/02/1932

Endereço: Rua do Sol, 17 - Chã da Jaqueira - CEP 57018-450

Localidade: Maceió – Alagoas – Região Metropolitana

Contato: (82) 9113-0921 / 3371-6496 / 9107-4345

Registro: Resolução nº 01/2005, Livro de Tombo nº 05, à folha 07 verso, a partir de 13 de maio de 2005.

Histórico: Nasceu no município de Palmeira dos Índios/AL, no dia 05 de fevereiro de 1932, filho de Habito Abdias Bomfim e de Francisca Belarmino Bomfim.

Seu amor pela cultura popular começou aos oito anos dançando no reisado da mestra Zefa Bispo e no guerreiro da mestra Joana Gajuru do qual aos doze anos foi mestre.

Dançou e muito aprendeu com grandes mestres como, Adelmo Vieira/Atalaia e o mestre Zé Pequeno/Maceió. Participou, por vários anos, do guerreiro “Barreira Pesada”, coordenado por sua filha Iraci, no bairro da Chã da Jaqueira, onde reside.

“Dos meus nove filhos, oito participam da brincadeira: meu filho Cícero faz os chapéus e os adereços e brinca na figura do Índio Peri, a minha filha Quitéria, que tem um bonito trupé, costura e borda toda a indumentária, minha neta Nadja, com apenas onze anos, sabe toda a parte da Estrela de Ouro e a Creuza, minha mulher, é a rainha de dentro de casa e do guerreiro”, diz orgulhoso o mestre Nivaldo.

Com a mudança da filha Iraci para o interior do estado se viu obrigado a formar seu próprio grupo. “Formei, há seis anos, o guerreiro “Campeão do Trenado” e dei esse nome em homenagem ao meu grande amigo e mestre de guerreiro, Francisco Jupi, que tinha o apelido de “Campeão Trenado”.

Mestre Nivaldo Abdias é um dos poucos mestres que mantêm a tradição de sair com seu grupo, em caravana, durante o período natalino, percorrendo alguns municípios do estado, fazendo apresentações. “É uma verdadeira aventura. Saímos sem destino certo, na maioria das vezes sem nenhum acerto de apresentação, arranchados em lugares cedidos pelas autoridades do lugar ou embaixo de um pé de pau. As vezes passamos de dois a três meses nessa peregrinação, tem gente que ate troca de mulher”.

Em 2007, seu afamado guerreiro “Campeão do Trenado” foi contemplado com o prêmio de Culturas Populares, “ Mestre Duda, Cem Anos de Frevo”, do Ministério da Cultura.

“Não tenho medo da minha brincadeira acabar, o guerreiro está no sangue da minha família, com a minha morte, com certeza, meus filhos e netos vão continuar”.

E canta alguns  peças de sua autoria que mais gosta:

“Todo mês de setembro
Eu vou ao Santo Juazeiro
Rezando mais os romeiros
Bendito pelo caminho
No outro dia cedinho
Acordo, lavo o meu rosto
Vou a igreja do horto
Tomo benção a meu Padrinho”

“Vou dá viva a dona Carmem
Viva a dona Josefina
Dou viva a dona Vitória
São três mulher de valor
Sou mestre rimador
Rimo peça de manhã
Vou dá viva a seu Ivan
Que é o nosso locutor”

“Quando eu chego no museu
Me falta até esperança
Não vejo Ranilson França
Assistindo a nossa função
Só resta a recordação
Trazendo muita lembrança
Do nosso Ranilson França
No museu de Théo Brandão”

Fonte: NOVAES, Josefina Maria Medeiros. ASFOPAL - Associação de Folguedos Populares de Alagoas - 25 Anos Brincando Sério. Maceió: Gráfica do Estado/CEPAL, 2010.

 

+ Falecido em 19/07/2013

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