Iraci Ana Bomfim

Nome: Iraci Ana Bomfim de Melo

Conhecida como: Mestra Iraci 

Local e Data de nascimento: Palmeira dos Índios - AL - 26/04/1957

Atividade Reconhecida: Mestra e coordenadora de Guerreiro

Endereço: Conjunto Medeiros Neto, I s/n Bloco-40, apartamento, 001 Santa Amélia CEP57063-640 Maceió, região metropolitana do Estado.

Contato: (82) 99602-3999/ (99353-2034-Filho Altinho) (9952-3004-Nora) (99671-10500-Filha de Iraci)

 

 

HISTÓRICO: Iraci Ana Bomfim de Melo, conhecida no meio artístico e cultural por (Mestra Iraci Ana Bomfim), natural de Palmeira dos Índios Alagoas, filha do Senhor Nivaldo Abdias Bomfim (Mestre Nivaldo Abdias) e da Senhora Cleusa Ana Bomfim (Rainha de Guerreiro) hoje coordenadora do guerreiro campeão do trenado, ambos nascidos em Palmeira dos Índios, dona Cleusa filha de Indígena. Iraci Ana Bomfim, começou dançar Guerreiro com 4 “quatro anos de idade comecei dançar no guerreiro com 4 anos, no guerreiro de madrinha de batismo de caboclinha Joana Cajurú da cidade de Maribondo, aos 8 oito anos de idade já dançava no guerreiro de sua madrinha Joana Cajurú, tirando aparte de sereia e da estrela de ouro.

Depois Já mocinha, com 11 onze anos, foi dançar no Guerreiro da mestra, fui dançar no guerreiro na Branca de Atalaia com o Mestre Adelmo Vieira da Silva, com a madrinha Joana Cajurú, eu dancei de Caboclinho, dancei de estrela de ouro, e de estrela brilhante e no de seu Adelmo Vieira, eu dancei de sereia, e estrela de ouro, nesse período eu aprendi a parte de rainha de Guerreiro com a comadre das Dores da Branca de Atalaia. Brincando de sereia e da estrela de ouro. Dancei no Guerreiro do Mestre João Inácio, e do seu compadre Francisco do Jupi, dançou no Guerreiro de José Pequeno, dançou com o Mestre Manoel Nike, quando foi em 1988, comprou o Guerreiro ao Mestre José Pequeno, e colocou seu pai , Mestre Nivaldo Abdias Bomfim, como  mestre continuando dançar de rainha de guerreiro, eu tive o meu próprio guerreiro o Barreira pesada no Alto da Boa Vista Chã da Jaqueira Maceió/Al. vindo morar em Maceió, no bairro de Bebedouro, dançou no guerreiro do mestre José Pequeno, de rainha de guerreiro. Mais seu pai Nivaldo Abdias Bomfim formou seu próprio guerreiro o “campeão do trenado”, forçando com isso a Mestra Iraci Ana Bomfim, sua filha a mestra, o já afamado “o Barreira Pesada”, que depois Iraci o levou para cidade de Girau do Ponciano no agreste do Estado, a mestra fala que se lembra, quando ela era pequena, tinha 8 oito anos de idade, ficava vendo seu pai cantando guerreiro na Fazenda Porongaba no município de Atalaia, ela achava muito bonito, a dançar do guerreiro, para ela é a sua vida, só deixa o guerreiro quando morrer, eu quero ser enterrada trajada  de rainha, com coroa e tudo.”

Morei no Povoado Mata Lima no município de Lagoa da Canoa e no Povoado Canafistula Supriano no município de Girau do Ponciano, lá eu ensinava as crianças do Pet. jovens e adultos em um grupo, ensinei também idosos está em Cassia na Canafistula, ensinei também na cidade de Girau do Ponciano, onde eu morava “residia”. Ganhei o Patrimônio Vivo como Mestra de Guerreiro, eu estava morando na cidade de Girau do Ponciano, hoje estou morando em Maceió, e quero trabalhar né eu estou com o Guerreiro campeão do trenado que era do meu pai o Mestre Nivaldo Abdias, quando meu pai morreu o Guerreiro ficou com meu irmão José Cícero Abdias Bomfim (Mestre Cicinho), como ele faleceu (morreu), como eu já estava dentro do Guerreiro com ele, aí ela me conta do Guerreiro então tour tomando conta do grupo até hoje. Estou com o Guerreiro adiante pra frente, botando o Guerreiro campeão do trenado para apresentação nos eventos culturais, tanto em Maceió, como no interior do Estado, outros Estado do Brasil, continuo afrente do grupo dando continuidade os trabalhos de meu pai e meu irmão, até quando Deus permitir no trabalho. Olha eu aprendi com as pessoas que eu falei comecei comadre Joana Gajurú, e agora eu estou com o Guerreiro campeão do trenado, o papai deixou mas tivemos em 1988 o meu. Comecei mestra em 1988, junto com o meu pai o Mestre Nivaldo Abdias Bomfim, e minha mãe Cleusa Ana Bomfim. Hoje com 64 sessenta e quanto anos em plena energia para brincar e apresentar o Guerreiro campeão do trenado. Eu tenho 60 anos de cultura popular autêntico folguedo natalino

Durante os anos que brinco Guerreiro: eu conheci muitos Mestres de Guerreiro, (Mestre Manoel Nike-Mané Nike, Madrinha Joana Cajurú, João Inácio, José Pequeno, Djalma José de Oliveira “Mestre Jayme” Padrinho Juvenal Leonardo Jordão, meu pai Mestre Nivaldo Abdias Bomfim, Manoel Venâncio de Amorim, Mestre Venâncio, Benon Pinto da Silva, Mestre Benon, Juvenal Domingos, Jorge Ferreira, Pedro Lavandeira, Carlitos Francisco de Moraes, José Laurentino Silirio, José Tonheiro, Oseas Rodrigues de Paulo, Sebastião da Viçosa, Bastião Xaxado, o Guerreiro campeão do trenado é formado hoje com 25 pessoas com idade de 3 anos a idoso de 80 anos de idade entre adultos, crianças e adolescentes, quando não existia epidemia o Guerreiro sempre fazia apresentação em Maceió e no inteiro do Estado nos Sítios e povoados e nas cidades até Porto Real do Colégio. Já viajamos com o Guerreiro para se apresentar nas cidades de: Limoeiro do Norte no Ceará, em Recife-PE, Brasília-DF. Em alagoas em várias cidades do interior, Porto Real do Colégio, Arapiraca, Lagoa da Canoa, Girau do Ponciano, Taquarana, São Sebastião, Coité do Noia, Traipu. Agente chega passa até 3 três meses se apresentado, mesmo sem apoio dos municípios, a gente faz apresentação em Maceió quando o grupo é chamado. No ano agente chegar faz 30 apresentações no ano.

No dia 22 de agosto de 2017, eu fui agraciada com o patrimônio Vivo de Alagoas-RPV.  Iraci Ana Bomfim é mestra de guerreiro há mais de 30 anos já dançou em vários guerreiros desde criança. Meu avô comprava uma banha para o nome de brilhante, e voltava com carvão e melava o rosto cada dia de Sábado e Domingo, abrir antena para o carvão, ele fazia tipo uma tinta né, aí melava cada dia de Sábado e Domingo para ir ao reisado, e os Guerreiros, aí eu já venho daí mais ou menos vai rolar uma velha. Tia raiz da cultura do Guerreiro vendo meu avô que era Mateus de Reisado, e depois passou a brincar de Mateus de Guerreiro, veio a falecer, aí meu pai ficou, aí minha raiz é do meu prazer esse dom de Guerreiro que já vendi o Reisado para meu avô. 

A mestra entoa uma peça: 

“O guerreiro da Canafistula

É bonito, tem que vê

E eu já to me peneirando

Sem ter asa pra voar

E pegar a peça figura

Vou assubi o sertão

Com esse guerreiro leão

Que é pra o Povo apreciar.

 

Maceió, 12 de agosto de 2021

Cícero Silva de Farias 

Técnico Administrativo da Secult/Pesquisador Cultural.

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